Luiz Fernando Verissimo é um dos escritores mais genias da atual geração. Com uma linguagem simples, com uma maneira sarcástica e com um talento indescritível ele consegue prender o leitor do início ao fim de suas obras como uma maestria que poucos tem.
Nesta obras diálogos absurdos como Don Juan num papo mole com a Morte, Drácula e Batman discutindo quem é morcego do bem e quem é o morcego do mal, entre outros encontros improváveis.
Além de fina ironia, o livro é recheado de mal-entendidos entre os personagens das crônicas. E são essas confusões e impossibilidades de comunicação que geram o humor dos textos. Mas. como é próprio do humor inteligente, o texto também é capaz de provocar reflexões quase filosóficas.
Drácula até tem razão, por exemplo, ao rebater Batman com o seguinte argumento: “O Morcego Bom passa, o Morcego Mau fica. Um não quer morrer e morre, o outro quer morrer e não morre. Ou talvez não seja uma ironia, seja uma metáfora para o mundo. O Bem acaba sem recompensa e o único castigo do Mal é nunca acabar”.
Pode até ser impossível e absurdo, mas Verissimo — na voz de Drácula e de outros — acerta em cheio.
Descrição
Nesta obra o autor apresenta crônicas que perseguem o absurdo que marca a existência humana - seja no diálogo imaginário de Don Juan tentando seduzir a própria Morte ou na conversa cotidiana de um casal que se desentende na hora de dormir.
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