segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Prêmio de reconhecimento do Literatura Pensante



Começamos com o blog a pouco tempo, mas estamos trabalhando com grandes atrativos e um deles é o Prêmio de Reconhecimento do Literatura Pensante, onde prestaremos nossa singela homenagem a um escritor vivo que tenha durante o ano colaborado para a elevação da literatura no Brasil.
Nosso prêmio também homenageara um escritor já falecido, com a alcunha de “Os grandes nunca morrem”
Queremos relatar que neste ano como o tempo foi curto desde a criação do blog não disponibilizamos uma votação para o publico, sendo que a escolha será feita inteiramente por nossa equipe.

Prêmio de Reconhecimento Literatura Pensante:
Homenageado: Juremir Machado da Silva
Escritor, tradutor, jornalista e professor universitário, Juremir é um dos grandes nomes da intelectualidade contemporânea do Brasil.
 
Recomendamos:
 - Vozes da Legalidade - Política e imaginário na Era do Rádio;
 - Aprender a (vi)ver;
 - Getúlio.
O conjunto da obra de Juremir é magnífica.


Os grandes nunca morrem:
Homenageado: Moacir Scliar
Um dos escritores mais completos da historia literária do Brasil. Um dos poucos que conseguia transitar em todos os gêneros sem perder a qualidade da sua obra ou a sua identidade.
 
Recomendamos:
 - A guerra no Bom Fim;
 - Cenas da vida minúscula;
A obra de Scliar é uma das mais interessantes da historia da literatura brasileira.

domingo, 30 de dezembro de 2012

Resposta aos comentário

Em um post anterior, quando citamos uma lista com os livros sob os quais consideramos os melhores lançamento do ano usamos a seguinte frase na introdução: 

"Na minha opinião 2012 foi um ano pobre na literatura mundial. Não há nenhum titulo que possa se dizer: "este vai virar um clássico", ou "aquele é genial", mas tivemos bons lançamentos. Eu destacaria em especial Barba Ensopada de Sangue de Daniel Galera. Recomendo muito a leitura."

Primeiro é bom que se deixe claro que a minha opinião não precisa e nem tem a intenção de ser a mesma dos meus leitores. Muitos podem ter amados muitos livros e os transformados em clássicos para si, o que também não significa que ele será uma obra clássica da humanidade.
Segundo, para um anonimo que comentou, não é porque um livro vendeu bastante que ele é bom, e quando disse que o ano foi pobre para a literatura, estava falando de qualidade e não de vendas ou lançamentos. As vendas dependem muito do autor, do lançamento, da mídia e da logística, então não serve por comparação para a qualidade. O mundo editorial infelizmente é muito injusto com os autores, temos grandes autores vivendo no anonimato de vendas no seu próprio circulo, enquanto meros marqueteiros dominam as grandes editoras e por consequência as grandes vendas.
Também não fiz nem uma citação de que neste ano não tivemos bons livros, o que disse é que não tivemos nada genial, obras que serão conhecidas daqui a cem anos como um grande clássico da humanidade, talvez esteja errado já que não li todos os lançamentos do ano, mas como disse essa é a minha opinião, que apenas compartilho com você e jamais peço que a sigam como suas.
Só para constar, entre os nossos colaboradores tivemos três lançamentos no qual incluímos como bons livros, mas não como geniais a ponto de salvar o ano.

Ainda respondendo a outro leitor sobre o fato de existir vários blogs e bons blogs sobre a literatura na internet eu concordo plenamente, inclusive leio muitos deles, com pessoas que fazem um grande trabalho nesse sentido, o que eu queria proporcionar no meu blog que não encontrava nos outros era a discussão de tudo no que se refere a literatura com o resgate de grandes clássicos e lançamentos de novos autores.
Não há no nosso trabalho a pretensão de ser donos da verdade, mas a responsabilidade de dar a nossa opinião e ouvir e ler a de todos os que estão disposto a discussão.

Desde já obrigado a todos os comentário e e-mails recebidos pelos leitores que gostaram do blog, sigam participando e vamos juntos fazer uma literatura mais forte e mais acessível a todos.

Martins dos Anjos
Diretor e Editor

Os escritores geniais


Jonas Martins

O uso da palavra gênio virou clichê para descrever qualquer pessoa que faça alguma coisa que se aproxime do genial. Na minha opinião, pura demagogia da palavra e da classe mais elitizada entre os homens.
Machado de Assis
O Gênio precisa ser conhecido e refletido pelo conjunto geral da obra e não apenas por um feito genial. Na literatura meu modo de pensar não foge a regra.
No Brasil nunca tivemos um gênio literário, tivemos grandes escritores com obras geniais, mas nenhum grande gênio, talvez Machado de Assis tenha se aproximado de ser, mas ainda assim deixa brechas para a discussão, o que no meu ver o tira dessa classe.
Se usarmos o emblemático Arthur Conan Doyle, chegáremos a conclusão que sua obra relacionada ao detive Sherlock Holmes foi genial, no entanto tudo o que ele escreveu além desse, apesar de ser bom, se distância daquilo que podemos considerar para transformá-lo em um gênio.
É difícil de você descrever um gênio, mas é muito fácil você reconhecer uma obra genial. Por exemplo, podemos dizer que a trilogia O Tempo e o Vento de Érico Veríssimo é uma obra genial, mas nem por isso transforma Érico em um gênio da humanidade, apesar de toda o seu talento que por poucos foi e será alcançado.
Fernando Pessoa 
Fernando Pessoa é um gênio. Tudo que o poeta escreveu é bom, toda a sua obra é genial e completa, então desta maneira ele não pode ser deixada de fora da escala dos grandes gênios da literatura.
Charles Bukowski



Poderia colocar outros nomes como Willian Shakespeare, Kafka, Tostoi, Saramango, Garcia Marques, Fyodor Dostoievski, Edgard Allan Poe, Charles Bukowski, Neruda, e mais alguns que seguem a mesma linha de qualidade.
Por esses nomes é que sempre que leio um novo autor, eu o analiso através deste padrão de qualidade, e no meu ver ele só será gênio se puder compará-lo no conjunto da obra com alguns desses nomes citados. Sinceramente falando ainda não tive o prazer de encontrar ninguém que nem ao menos se aproximasse da alcunha adjetiva de gênio.




sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Os grandes títulos de 2012


Na minha opinião 2012 foi um ano pobre na literatura mundial. Não há nenhum titulo que possa se dizer: "este vai virar um clássico", ou "aquele é genial", mas tivemos bons lançamentos. Eu destacaria em especial Barba Ensopada de Sangue de Daniel Galera. Recomendo muito a leitura.


O CÉU DOS SUICIDASConstruído em capítulos curtos, numa prosa tensa que transmite o estado de espírito de seu protagonista, o romance do paulista Ricardo Lísias, lançado pela Alfaguara, acompanha um “especialista em coleções” que entra numa espiral de turbulência depois do suicídio de um amigo. 


A VISITA CRUEL DO TEMPO:  Numa diversidade exuberante de pontos de vista e técnicas narrativas, o romance da americana Jennifer Egan, lançado pela Intrínseca com tradução de Fernanda Abreu, cobre quatro décadas nas vidas de um conjunto de personagens ligados pelo amor à música.





O RETORNO: Em seu quarto romance, lançado pela Tinta da China, a portuguesa Dulce Maria Cardoso cria uma narrativa delicada sobre perdas e amadurecimento a partir da experiência dos “retornados”, moradores das colônias africanas que voltaram a Portugal depois das independências, nos anos 1970.


BARBA ENSOPADA DE SANGUE: Com uma prosa detalhista que molda personagens marcantes, o romance do gaúcho Daniel Galera, publicado pela Companhia das Letras, investiga a constituição das identidades pessoais e a conexão entre os homens e a natureza.



O SONÂMBULO AMADOR: Internado em um clínica psiquiátrica depois de sofrer um colapso, o protagonista do segundo romance do pernambucano José Luiz Passos, publicado pela Alfaguara, repassa sua vida em uma série de cadernos, nos quais se misturam memórias e delírios, cotidiano e assombro.



SOLIDÃO CONTINENTAL: A escrita radical do gaúcho João Gilberto Noll explora neste romance da Record os extremos da angústia e do isolamento, tecendo uma narrativa em que a sucessão de encontros amorosos e paisagens urbanas (Chicago, Miami, Porto Alegre) sublinham a solidão do protagonista. 



O ÚTERO É DO TAMANHO DE UM PUNHO: O segundo livro da poeta gaúcha Angélica Freitas, lançado pela Cosac Naify, desmonta clichês associados ao universo feminino de forma incisiva e irreverente, com versos que vão da rima de efeito cômico à crítica política.


O SENTIDO DE UM FIM: Protagonizada por um homem determinado a desvendar um episódio obscuro de seu passado, a novela do inglês Julian Barnes, publicada pela Rocco em tradução de Léa Viveiros de Castro, expõe a natureza traiçoeira da memória e a dificuldade de conhecer a si mesmo, os outros e o mundo.



FORMAS DO NADA: Chegando aos 30 anos de carreira com seu sexto livro, publicado pela Companhia das Letras, o poeta carioca Paulo Henriques Britto consolida um estilo que mescla formas clássicas e linguagem coloquial, inquietação filosófica e leveza irônica, com uma visão de mundo cética e bem-humorada.



  POEMAS: Maior nome da poesia árabe moderna, criador de uma síntese original entre tradições literárias islâmicas e o modernismo europeu, o sírio Adonis ganhou este ano seu primeiro livro no Brasil, uma coletânea organizada e traduzida por Michel Sleiman e publicada pela Companhia das Letras.



Érico Veréssimo o homem do tempo e o vento


Érico Veríssimo

[creditofoto]
Aos 13 anos, Érico Lopes Veríssimo já lia autores nacionais como Aluísio Azevedo e Joaquim Manoel de Macedo; e autores estrangeiros como Walter Scott, Émile Zola e Dostoievski. Em 1920 foi estudar em Porto Alegre, no Colégio Cruzeiro do Sul, de orientação protestante. Seus pais separam-se em 1922.

Sua mãe, o irmão e a irmã foram morar na casa da avó materna. Para ajudar no orçamento, Érico tornou-se balconista no armazém do tio, até que conseguiu uma vaga no Banco Nacional do Comércio. Nessa época começou a escrever seus primeiros textos.

Sua mãe decidiu que a família mudaria para Porto Alegre, a fim de que seu irmão, Ênio, fizesse o ginásio no mesmo colégio onde Érico havia estudado. Na capital, Érico, transferido para a matriz do Banco do Comércio, teve problemas de saúde e perdeu o emprego. Recuperado, empregou-se numa seguradora, mas não se adaptou aos superiores.

Diante das dificuldades, a família retornou a Cruz Alta. Érico voltou a trabalhar no Banco do Comércio em 1925, mas acabou aceitando a proposta de Lotário Muller, amigo de seu pai, para tornar-se sócio da "Pharmacia Central". Em 1927, além das obrigações da farmácia, dava aulas de literatura e inglês. Começou a namorar sua vizinha, Mafalda, então com 15 anos.

Em 1929 Érico publicou "Chico: um conto de Natal", no"Cruz Alta em Revista" e os contos "Ladrão de gado" e "A tragédia dum homem gordo", na "Revista do Globo", em Porto Alegre. O conto "A lâmpada mágica" foi publicado no "Correio do Povo". Com a falência da farmácia em 1930, o autor mudou-se para Porto Alegre. Passou a conviver com escritores renomados, como Mario Quintana, Augusto Meyer, Guilhermino César e foi contratado para o cargo de secretário de redação da "Revista do Globo".

Em 1931 casou-se com Mafalda Halfen Volpe e fez as traduções de "O sineiro", "O círculo vermelho" e "A porta das sete chaves" de Edgar Wallace. Colaborou nos jornais "Diário de Notícias" e "Correio do Povo". Em 1932 foi promovido a Diretor da Revista do Globo e passou a atuar no departamento editorial da Livraria do Globo. Sua obra de estréia, "Fantoches" era uma coletânea de histórias em sua maior parte na forma de peças de teatro. Em 1933 traduziu "Contraponto", de Aldous Huxley.

No mesmo ano, seu primeiro romance, "Clarissa" foi lançado e fez sucesso. Em seguida, "Música ao longe", foi agraciado com o Prêmio Machado de Assis. Outro romance, "Caminhos cruzados", recebeu o Prêmio Fundação Graça Aranha. Foi publicado, ainda naquele ano "A vida de Joana d'Arc". Em viagem ao Rio de Janeiro, Veríssimo fez contato com Jorge Amado, Carlos Drummond de Andrade, José Lins do Rego e outros.

Em 1936, publicou o livro infantil, "As aventuras do avião vermelho". e depois, "Um lugar ao sol". No ano seguinte criou o programa infantil "Clube dos três porquinhos", na Rádio Farroupilha e fez a "Coleção Nanquinote", com os livros "Os três porquinhos pobres", "Rosa Maria no castelo encantado" e "Meu ABC". Resistindo a submeter previamente à censura as histórias apresentada no rádio, Érico encerrou programa que havia criado.

Em 1938 lançou um de seus maiores sucessos, "Olhai os lírios do campo". No mesmo ano publicou "O urso com música na barriga". No ano seguinte, lançou a série infantil, "A vida do elefante Basílio" e "Outra vez os três porquinhos"; e o livro de ficção científica "Viagem à aurora do mundo". Depois publicou "Saga" e traduziu: "Ratos e homens", de John Steinbeck; "Adeus Mr. Chips" e "Não estamos sós", de James Hilton; "Felicidade" e "O meu primeiro baile", de Katherine Mansfield.

Em 1941 passou três meses nos Estados Unidos, a convite do Departamento de Estado americano. Suas impressões dessa temporada estão no livro "Gato preto em campo de neve". A idéia do livro "O resto é silêncio" veio de um trágico incidente quando ele e seu irmão Enio testemunharam o suicídio de uma mulher que se atirou de um edifício em Porto Alegre. Em 1942 a Editora Meridiano (uma subsidiária criada pela Globo para driblar a censura) publicou "As mãos de meu filho", reunião de contos e outros textos do autor. Depois foi publicado "O resto é silêncio".

Temendo a ditadura Vargas, Érico aceitou o convite para lecionar Literatura Brasileira na Universidade da Califórnia e mudou-se para os Estados Unidos com a família. Publicou o compêndio "Breve história da literatura brasileira". De volta ao Brasil lançou, em 1946, "A volta do gato preto"e começou a escrever "O tempo e o vento". Previsto para ter um só volume, com aproximadamente 800 páginas, e ser escrito em três anos, acabou ultrapassando as 2.200 páginas, sob a forma de trilogia, consumindo quinze anos de trabalho.

Em 1953, a convite do governo brasileiro, Érico Veríssimo assumiu em Washington (EUA) um cargo na Organização dos Estados Americanos, substituindo a Alceu Amoroso Lima. Visitou diversos países da América Latina. No ano seguinte foi agraciado com o prêmio Machado de Assis, concedido pela Academia Brasileira de Letras, pelo conjunto de sua obra. De volta ao Brasil, em 1956, lançou "Gente e bichos", coleção de livros para crianças. Sua filha casou-se e foi morar nos Estados Unidos. Érico a visitou diversas vezes.

Em 1957, o autor publicou "México", com as impressões da viagem que fizera àquele país.

Acompanhado de sua mulher e do filho Luís Fernando, fez sua primeira viagem à Europa, em 1959. Expôs sua defesa à democracia em palestras em Portugal. Lançou "O ataque", que reunia três contos: "Sonata", "Esquilos de outono" e "A ponte". Em 1962 acabou "O Arquipélago", concluindo a trilogia de "O tempo e o vento".

Em 1965 ganhou o Prêmio Jabuti com o livro "O senhor embaixador". Viajou para os Estados Unidos e depois para Israel, a convite do governo daquele país. Em 1967 lançou "O prisioneiro".

"O tempo e o vento", sob a direção de Dionísio Azevedo, com adaptação de Teixeira Filho, estreou na TV Excelsior em 1967. No ano seguinte Érico Veríssimo ganhou o prêmio "Intelectual do ano" (Troféu Juca Pato).

Em 1969 a casa onde o escritor nasceu, em Cruz Alta, foi transformada em Museu. Lançou "Israel em abril" e em 1971, "Incidente em Antares". Em 1972 relançou "Fantoches" e ampliou sua autobiografia, publicada em 1966, fazendo surgir suas memórias - sob o título de "Solo de clarineta" - cujo primeiro volume foi publicado em 1973. Deixou inacabado o segundo volume de suas memórias, além de esboços de um romance que se chamaria "A hora do sétimo anjo".

Fonte: Uol Educação


Literatura Antenada

Sempre que procurava um blog interessante que falasse sobre literatura de um modo geral não encontrava nada que me passasse satisfatoriedade, por isso resolvi criar o Literatura Antenada.
A ideia é não só divulgar as obras em lançamento como os clássicos da literatura mundial, sempre discutindo e comentando sobre a literatura.
A ideia não é fazer deste um grande instrumento literário, mas um colaborador vivo para que a memória de grandes escritores e o esforço de desconhecidos letreiros não se percam na animosidade do tempo.
Espero que vocês gostem e prometo me dedicar ao máximo na busca por informações, opiniões e resenhas para que vocês amantes da literatura possam desfrutar deste blog como um grande espaço da cultura literária mundial.


Jonas Martins