Você sabia que o escritor com maior número de títulos publicados
é brasileiro?
Conheça um pouco da historia desse gênio da produtividade
literária.
Tudo começou no dia 22 de julho de 1946, em São Paulo,
quando Ryoki nasceu de mãe portuguesa e pai japonês. Formou-se em medicina em
1970 e largou-a em 1986 para tornar-se escritor, editando seus pocket-books,
sob nada mais, nada menos, que 39 pseudônimos, por exigência de seus editores.
Sua grande especialidade na época foi o estilo policial, onde as tramas
apresentavam muita ação, espionagem e traições. Porém, jamais deixou de
escrever sobre um tema que sempre o apaixonou: o faroeste. Suas novelas de
banguebangue são verdadeiros filmes que prendem o leitor da primeira página à
última, de tal forma que algumas montadoras de automóveis proibiam seus
empregados de entrarem na fábrica com esses livros pois eram capazes de
abandonar a linha de produção enquanto não terminassem completamente a leitura.
Foi também editor e redator dos periódicos Farol do Sul
Capixaba (Piúma/ES), Notícias do Japão (1992-93/SP), International Press
(1993-94/SP - Tóquio), O Riso do Corujão (1996-97/Campos do Jordão); das
revistas Amazônia (1992/Giparaná - RO), Letra Verde (1997-98/Campos do Jordão)
e Vertente (1997/São José dos Campos - SP) e cronista de diversos jornais e
publicações, por seis anos.
Quando chegou à marca dos mil livros, com a obra E Agora,
Presidente? (prefaciado pelo jornalista Alexandre Garcia), Ryoki decidiu-se por
uma mudança em sua carreira literária, abandonando os livros de bolso e
passando a escrever romances maiores, publicados com seu próprio nome. Seus
temas são simplesmente tudo, a vida, o cotidiano, os debates sociais, histórias
de gente comum e de gente não tão comum.
Em 1992, fez o lançamento de seu livro A Bruxa na Bienal
Internacional do Livro (SP). Um outro marco na vida do autor foi a publicação,
em 1993, no Japão, de seus livros Conexão Perigo: São Paulo-Tóquio, O Preço do
Tráfico, Operação Amazônia e Sempre há Esperança, voltados para o público
nipobrasileiro residente naquele país. Já no ano seguinte, implantou o Pólo
Editorial de Pocket Books para a América Latina, em Piúma (ES).
Seu nome já foi objeto de matérias em importantes
publicações e programas de TV, como a Folha de São Paulo, O Estado de São
Paulo, Jornal do Brasil, Folha da Tarde, Jornal da Tarde, Valeparaibano, Gazeta
de Vitória, A Tribuna, revistas Veja, IstoÉ e Manchete, no Brasil; Portugal
Diário, revista Lire e Culture, na França; Der Spiegel, na Alemanha; Wall
Street Journal (matéria de capa), nos USA; e várias outras publicações ao redor
do mundo; programas Jô Soares - Onze e Meia (SBT) Globo Repórter e Fantástico
(Rede Globo), e foi entrevistado pela Radio Culture de Paris e pela Nippon
Televison Network, de Tóquio, entre outros.
Ao ver Ryoki no Guinness Book, Matt Moffett, jornalista
americano do Wall Street Journal, teve sua curiosidade despertada para o
processo de criação do escritor, querendo ver pessoalmente para crer, como
alguém poderia produzir histórias de sucesso em tão pouco tempo. Assim, lançou
um desafio ao escritor e aportou em São José dos Campos (onde Ryoki morava na
época), no final de janeiro de 1996. Uma semana depois, Moffett contou como
nasceu o livro de Ryoki Inoue - Seqüestro Fast Food, elaborado em uma noite,
mais precisamente das 23h30 às 4h - num dos jornais mais famosos do mundo.
Com 1.099 livros, de seu próprio punho, publicados, sua
produção compulsiva não parava nunca. Chegou a escrever três romances por dia,
trabalhando madrugadas a dentro. Hoje a marca é de 1102.
Para ele, o segredo do processo criativo está em noventa e
oito por cento de suor, um por cento de talento e um por cento de sorte. Além
disso, disciplina e aplicação é o que faz com que ele consiga ficar sentado
diante de seu computador e daí não saia antes do the end de sua nova obra.
Ryoki continua a escrever: está produzindo vários romances,
faz trabalhos como ghost writer para pessoas famosas e para empresas, escreve
roteiros e, com o objetivo de aperfeiçoar seus conhecimentos no campo da
espionagem — obviamente para melhor criar seus romances — dedica-se à pesquisa
e ao estudo da Inteligência Competitiva, fazendo inúmeras traduções de livros,
artigos e teses para empresas desse ramo. Atualmente, o objetivo de Ryoki é
produzir um romance por ano, no máximo dois.
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